Hoje comemora-se mundialmente o Dia do Trabalhador ou “dia de 8 horas” como dizem os canadianos!
No século XIX homens e mulheres lutavam pela jornada de 8 horas de trabalho diário. Depois da luta ganha à custa de sangue e mortes de homens e mulheres de vários países no fim do século XIX início do século XX, eis que em pleno século XXI os governos desses mesmos países tentam retornar ao passado.
O retrato mais fiel de um país à beira-mar plantado, o nosso, é este:
Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e… a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. e finalmente, (…) privatizem-se os estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. aí se encontra a salvação do mundo… e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.
José Saramago, Cadernos de Lanzarote
Ainda assim que a luta dos trabalhadores continue sem economia! Hajam homens e mulheres que não se resignem. Só quem não consegue imaginar um futuro melhor e não está disposto a lutar por ele é que engole as cassetes cuspidas à velocidade da luz com que todos os dias somos bombardeados por este Governo de Portugal e esta (des)União da Europa. A crise só se instala se a aceitarmos! Principalmente a dos valores.
O excerto é do filme Tempos Modernos de 1936 mas a metáfora permanece real, cada vez mais, nos dias de hoje:
As fábricas são cada vez menos, os operários do trabalho desqualificado, mal-tratado e desrespeitado são cada vez mais. Operário significa a pessoa que exerce ofícios manuais ou mecânicos, especialmente na indústria mas também significa a pessoa que tem um papel relevante no desenvolvimento de alguma coisa, o que trabalha numa causa que respeita ao bem da humanidade. Assim sendo operários, obreiros, somos quase todos, a maioria. Não que todos tenham essa consciência… Fomente-se!
Viva o 1º Maio. Vivam os Trabalhadores.